Depois de 16 anos, a Copa do Mundo voltaria a ser disputada na Europa. Por ter boa localização, não ter sido muito afetada na 2ª Guerra Mundial e ter feito boas partidas nos mundiais de 1938 e 1950, a FIFA decidiu escolher a Suíça como sede da Copa de 1954.
Para variar, a Argentina não quis disputar o mundial. A Espanha foi eliminada pela Turquia nas eliminatórias (eliminação por sorteio, pois no jogo desempate as seleções empataram por 2x2 e foi necessário um sorteio para decidir quem avançaria). Pela 1ª vez o Brasil disputava as eliminatórias, mas sem sufoco e vencendo seus 4 jogos, se classificou para a próxima fase.
A 1ª partida do Brasil foi uma fácil goleada por 5x0 contra o México (o que não se refletiu no restante do mundial). Já o 2° jogo foi cômico. A partida era contra a Ioguslávia e um empate classificaria as duas equipes (mas os dirigentes e jogadores brasileiros achavam que precisavam vencer para avançar na competição). A partida estava empatada e os brasileiros partiam desesperados ao ataque (achando que precisavam vencer de qualquer maneira). Os ioguslavos tentavam avisar que um empate era suficiente mas não conseguiam se comunicar. A partida terminou empatada e os brasileiros saíram de campo chorando, pensando que haviam sido eliminados (mas na verdade estavam classificados para enfrentar a Hungria).
A Hungria sem dúvida foi o destaque do mundial. Um mundial que tinha uma média de inacreditáveis 5,4 gols por jogo. Muito disso era devido à seleção húngara, que conseguiu marcar 17 gols em duas partidas (as primeiras que disputou). Resultados como 9x0, 8x3, 4x4, 7x5, foram pouquíssimas vezes repetidos depois desta Copa, alguns só uma vez na história.
A Azurra (Itália) e a França foram eliminadas logo na 1ª fase.
A partida entre Brasil e Hungria pelas quartas-de-final, que ficou conhecida com "Batalha de Berna", marcou o patético desempenho da seleção na copa. Os húngaros se aproveitaram do nervosismo dos brasileiros e massacraram a seleção brasileira por 4x2 (os brasileiros reclamavam de impedimento nos dois gols de Kocsis). Uma partida recheada de expulsões terminaria ainda com uma briga generalizada que se estendeu até os vestiários.
As semifinais eram entre Hungria e Uruguai, e Alemanha e Áustria. Os húngaros comandados pelo craque Puskas (um dos melhores jogadores de todos os tempos) venceram os uruguaios na prorrogação por 4x2. Na outra semifinal os francos favoritos alemães trucidaram os austríacos por 6x1.
Na final, todos acreditavam numa vitória da Hungria diante dos alemães, e aos oito minutos do primeiro tempo já estava 2x0 para a Hungria. Mas 10 minutos depois a Alemanha já havia empatado a partida.
O 2° tempo dos húngaros foi desesperado e sem resultado. Já os alemães ficaram calmos e a 6 minutos do final, o atacante Rahn marcou o gol da virada histórica dos alemães.
Muitos consideram o título da Copa dos alemães uma das maiores surpresas da história do futebol, devido ao espetáculo apresentado pelos húngaros. Mas era a Alemanha que se sagrava campeã da Copa do Mundo na Suíça em 1954.
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